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sábado, 2 de abril de 2011

Caminhadas em Huaraz - Wilcahuain - Monterrey, por Rafael Guerra

Características:
Altitude máxima: 3400m.s.n.m;
Desnível: 400m;
Distância: aproximadamente 11,7km.

A trilha marcada no Google Maps. A parte em vermelho retrata a trilha propriamente dita, e a trilha marcada em branco retrata o retorno pela estrada.


Após vários dias de caminhadas cada vez mais exigentes, foi uma boa idéia escolhermos esse hiking leve para a 4ª caminhada em Huaraz.
A caminhada começa nas ruínas de Wilcahuain, distante 7km de Huaraz. Wilcahuain foi um templo construído entre 1000 e 1500 anos atrás pelo povo Wari, anteriores à civilização Inca, e há quem diga que era usado como armazém. Antes de começar a andar, vale a pena fazer uma visita ao interior do edifício para conhecer os detalhes.
Início da trilha em Wilcahuain.


Alessandra "fazendo amizade" em uma das vilas.


Na verdade, de tão leve, essa caminhada está mais para um passeio do que para uma caminhada de aclimatação. O caminho sobe uma colina e passa por algumas vilas e plantações onde é possível ver de perto como vivem os descendentes do povo Inca. Já no final da trilha começa uma suave descida em direção ao asfalto... a única adrenalina descarregada no sangue nesse passeio fica por conta dos cães na parte final da trilha, que ameaçam bastante mas não avançam (pelo menos não avançaram).

Visual da Cordillera Negra durante a caminhada.


O final oficial da caminhada de 5700m é nos “Banhos termais de Monterrey”. Há várias piscinas de águas termais, até onde eu sei, por menos de USD 3 a hora. A água é quente e muito carregada de minerais. Se levar roupa para banho, não escolha uma nova ou cara.

Para retornar à Huaraz basta pegar uma das lotadas estacionadas próximo aos Banhos termais ou então descer a rua por mais uns 50 metros até a estrada e esperar uma van com espaço. Como eu e o Evandro estávamos muito anciosos por mais exercícios, acabamos fazendo como o Davi Marski em um relato dele sobre essa mesma trilha... voltamos caminhando pela estrada por mais 6km até Huaraz.


Próximo relato: Laguna Ahuac!

O nevado Huascarán. Foto de Anna Damasco.


Todas as fotos sem créditos são do autor.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Wilcahuain e Monterrey, por Rafael Guerra


Dia 3 de agosto. A nossa segunda caminhada de aclimatação antes de partirmos para Huayhuash teve início nos arredores de Huaraz, mais precisamente nas ruínas de Wilcahuain, onde fomos deixados por um microônibus contratado pela agência de trekking, após finalmente termos uma noite decente de sono.

Wilcahuain, cujo o significado do nome é “casa dos netos” (Wilca=neto / Huain=Casa), é um templo construído entre os anos de 600 a 1000 d.c. pelo povo Wari, uma cultura anterior à civilização Inca. As suas salas eram usadas para guardar múmias, que eram mantidas secas por meio de um elaborado sistema de ventilação.

Após a explanação feita pelo guia Ivan, começamos a caminhada de menos de duas horas até os baños termales de Monterrey. Nós seguimos por um campo cercado de árvores, passamos por um sítio com uma criação de ovelhas, por uma plantação de trigo e chegamos a uma colina com uma extensa escadaria de pedras. Eu estava muito feliz com tantas novidades... plantas, animais diferentes e a constante companhia dos nevados.


Não foi uma caminhada no estilo ao qual estávamos habituados. Foi uma espécie de passeio pela zona rural próxima a Huaraz onde tivemos a oportunidade de ver de perto como aquele pessoal vive e toca sua vida. Tudo isso sempre sendo alegrado pela irreverência do Alberto, um espanhol animadíssimo, que estava acompanhado da sua esposa Maria, dos quais logo ficamos amigos.

Após passarmos por mais alguns campos de trigo começamos a descer a montanha e chegamos às termas de Monterrey. Lá há várias piscinas de águas termais que podem ser aproveitadas por menos de 3 dólares a hora. A água, muito quente e carregada de minerais, entra nas piscinas por meio de torneiras bem castigadas pela ação da corrosão. Há sempre uma segunda torneira com água fria para que se possa ajustar a temperatura.

Após o banho, rumamos todos para o primeiro botequim que encontramos para brindar com cerveja Cristal àquela experiência. O que me deixou surpreso e um pouco decepcionado foi o fato da população local não ter o hábito de gelar as cervejas e refrigerantes. Mas, com aquelas companhias, até cerveja quente me divertiu.
Antes de ficarmos completamente "borrachos" resolvemos embarcar em uma van de volta para o hotel para nos prepararmos para a aventura que estávamos aguardando por quase um ano: o trekking na Cordilheira Huayhuash.Estava encerrada a fase de preparativos. A grande aventura estava prestes a começar.


Maria, Alberto e eu em Monterrey