domingo, 31 de janeiro de 2010

Pedra do Retiro, por Rafael Guerra


Depois do nosso retorno dos Andes ficamos um bom tempo afastados das caminhadas por causa das chuvas do final de agosto. Enfim, no último domingo do mês, eu e o Fábio decidimos arriscar uma caminhada apesar do tempo instável. A sugestão do Fábio, aceita imediatamente por mim, foi subirmos a Pedra do Retiro.

A Pedra do Retiro, fotografada do bairro do retiro.

A Pedra do Retiro (1.541m), o Seio de Vênus (1.480m) e a Serra Negra (1.546m) fazem parte do Conjunto do Retiro. Um grupo de montanhas situado em Petrópolis, em uma região central entre a Serra dos Órgãos e a Serra das Araras. Por este motivo oferece uma vista privilegiada da cidade e da maior parte das montanhas da região.

Como era importante chegar cedo em Petrópolis eu, que moro no Rio de Janeiro, precisei madrugar e peguei a estrada antes mesmo do sol nascer. Enquanto dirigia aguardava que a claridade do dia acabasse com o suspense em relação ao clima.

Em segundo plano, o Conjunto do Retiro. Com a Pedra do Retiro

à esquerda, a Serra Negra ao centro e o Seio de Vênus à direita.

Me encontrei com o Fábio às 7h15 e após um rápido café, rumamos para o bairro Mosela onde fica o início da trilha. O tempo estava fechado às 8h quando começamos a caminhada. Entramos na mata e começamos a difícil subida por um barranco úmido e escorregadio. O Fábio foi guiando e eu fazia o máximo para acompanhá-lo até que, depois de uns 15 minutos, chegamos em uma área aberta e aproveitamos para descansar um pouco.

Não era a minha primeira vez na Pedra do Retiro mas eu havia esquecido como a trilha era íngreme. Outra coisa que notei foi a proliferação de bifurcações, que podem facilmente confundir quem não conhece bem o caminho.

Continuamos subindo pela crista e a mata foi cedendo lugar a uma vegetação mais arbustiva, que nos permitiu ver a paisagem pela primeira vez. Pasmei! A manhã feia e nublada havia se transformado em um belíssimo dia de sol, contrastando com uma fina camada de neblina que pairava sobre o vale. As câmeras trabalharam muito.

Um pouco mais acima tivemos que ultrapassar uma grande pedra, que não requer conhecimento em escalada ou equipamentos especiais para ser superada.

No total, gastamos pouco mais de uma hora caminhando em ritmo forte para vencermos o desnível de 446m e chegarmos até o cume, que é bastante espaçoso e tem bons locais para acampamento para quem tiver disposição de carregar água até lá. Acredito que seja uma boa pedida pernoitar por lá para aproveitar o nascer do sol. Quem sabe uma próxima vez?

Fábio e eu no cume da Pedra do Retiro. Em um daqueles dias em
que eu costumo dizer: "Ainda bem que eu não fiquei em casa dormindo".

Um comentário:

Thica disse...

Grande visual! Ainda tenho que fazer essa.