quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Relatório - Alcobaça

Já ouviram a expressão, geralmente repetida por baixinhos, "tamanho não é documento"? Pois bem. Muito longe de ser um Everest, o Alcobaça não é uma montanha para brincadeira. Íngreme, úmida e exposta, a trilha para o cume exige grande dose de atenção e resistência física. Para que se tenha idéia, o desnível é de 740 metros em uma trilha com aproximadamente 2,5 quilômetros!

Desde a caminhada no Seio de Vênus, na semana retrasada, eu estava sonhando em subir os 1.810 metros dessa montanha. Para esta aventura a equipe foi composta, além de mim (Rafael), pelo Fábio, que já havia feito esta trilha outras vezes, e pelo Evandro, que garantiu boas gargalhadas durante o tempo em que estivemos juntos.
O início da trilha fica em um vale perpendicular ao vale do Bonfim.O mesmo vale onde fica a sede de Petrópolis do PARNASO (Parque Nacional da Serra dos Órgãos).
A caminhada foi toda em terreno íngreme e começou ornamentada pelo visual rural e montanhoso da região. Após uns 40 minutos de caminhada há um córrego, a partir do qual a trilha foi ficando cada vez mais úmida até encontrarmos um charco com uns 5 metros de lama para atravessar. Nunca me senti tão feliz por estar calçado com uma bota impermeável.
Subimos a trilha por cerca de mais uma hora até sairmos da mata e começarmos a curtir o visual e a desafiar o trecho mais complicado que é a subida final para o cume. Uma rampa ainda mais íngreme que o restante da trilha, com um piso de terra preta instável e com poucos apoios.


Confesso que fiquei um pouco decepcionado quando chegamos ao cume e não pudemos curtir uma das mais privilegiadas vistas da região de Petrópolis por causa das nuvens que envolveram a montanha enquanto estivemos por lá. A minha esperada foto do Conjunto do Retiro a partir do Alcobaça vai ter que esperar mais um pouco.

A tradicional foto no cume

Digna de menção é a desorganização do trânsito no bairro do Bonfim, que é muito afastado e nos finais de semana é super procurado em função dos rios e cachoeiras da região.
A estrada do Bonfim é estreita e de mão-dupla mas mesmo assim as pessoas que vão ao local para aproveitar o rio estacionam ao longo da via. O resultado é que a estrada fica estreita demais e ninguém entra nem sai do bairro. Não fosse pela iniciativa de algumas pessoas que estavam em um bar próximo teríamos perdido horas naquele impasse pois não havia ninguém da Prefeitura para organizar o trânsito.

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