segunda-feira, 17 de maio de 2010

Meia Lorpen X.M.C.F. e Liner Lorpen C.I.T.

O pessoal da Proativa, empresa que distribui no Brasil diversas famosas marcas de equipamentos e acessórios, recentemente nos solicitou uma avaliação da meia Lorpen XMCF.
Sinceramente fiquei lisonjeado com o convite pois a Lorpen é uma marca de sucesso mundial, com seus produtos sendo comerializados em mais de 50 países, e líder no projeto de meias de alta performance para atividades outdoor.

Mãe d’Água.
O primeiro teste com o material foi feito na ascensão ao Mãe d’Água, uma montanha de 1.613m situada na região de Petrópolis, RJ. Eu fui calçado com um par dessas meias na minha bota Snake Andina, velha de guerra. Confesso que fui ousado por calçar uma meia fina e de cano curto em uma bota pesada.

A característica dessa trilha é uma longa subida inicial em lage de rocha, muito íngreme, em direção ao Pico do Alcobaça, seguido de uma forte descida por um barranco em direção ao colo que separa as duas montanhas para então começar a subida, um pouco mais suave até o cume.

Trilhas com subidas muito fortes em aderência tendem a fazer com que os pés “deslizem” dentro dos calçados, forçando os tornozelos contra os canos das botas. Por outro lado, descidas muito íngremes tendem a fazer com que os pés sejam forçados em sentido oposto, forçando os dedos contra a parte frontal dos calçados.

Eu percorri toda a trilha com relativo conforto e muita preocupação com os meus pés por causa da espessura da meia. Enquanto descia a montanha imaginava que deveria estar com bolhas devido à tração do calçado e fiquei gratamente surpreso quando, de volta ao carro, verifiquei que os meus pés estavam em perfeitas condições.

Conclusão:

Não sou nenhum expert em meias mas a impressão que tenho é que essa as costuras dessas meias fazem com que elas comprimam os pés nos lugares certos, fazendo com que elas fiquem firmes nos pés. Por não se deslocarem, não há desgaste da pele contra o tecido e acho que foi isso o que garantiu que eu terminasse essa caminhada com as meias na mesma posição em que as calcei e sem bolhas.

Travessia Petrópolis-Teresópolis.

Encorajado pelo sucesso na trilha anterior, resolvi botar meus pés “pra rolo” na famosa travessia Petrô-Terê. Por precaução, como essa meia não foi desenvolvida para trekkings como esse, resolvi usar também um par de Liners CIT, também da Lorpen.

Começamos a caminhada da primeira parte da Travessia, visando um bivaque no Açú em uma noite de 6ªfeira. Uma trilha muito exigente, de praticamente 8,5km de subida, com trechos bem íngremes, e um desnível de quase 1400m. Tudo isso portando uma mochila cargueira com cerca de 16kg nas costas!

Caminhei sentindo um conforto muito grande nos pés e as meias me protegeram muito bem até mesmo durante a forte e difícil subida da Isabeloca, nome do trecho entre o Ajax e o Chapadão.

No dia seguinte os liners estavam bem sujos e resolvi fazer o segundo trecho da travessia apenas com as meias XMCF. O percurso de 7km é exigente, podendo levar de 5 a 9 horas até a Pedra do Sino (2.275m). Marcado por longas subidas e descidas, vales encharcados e orientação difícil, com direito ao especial desafio da passagem do Cavalinho: um trepa-pedra muito exposto no qual é necessário até o uso de uma corda.
Começamos nossa caminhada tarde, às 10h30 da manhã e só chegamos ao abrigo 4, próximo à Pedra do Sino, às 18h. Seis horas e meia na mais pura “ralação”.

Conclusão:

Após 2 dias de trilhas muito exigentes os meus pés estavam em perfeitas condições. Nem uma bolha sequer! Só não fechei a travessia toda de Lorpen, com a descida do Sino, porque já não tinha mais delas limpas. Eu já conhecia a fama das meias Lorpen há tempos. Depois desses testes posso dizer que a fama é plenamente justificável.


MEIA XMCF - Composição

50% CoolmaxFX
25% Modal
15% Poliamida
10% Lycra

• Interior de Modal - Extrema suavidade e frescor
• Intermediário
em Coolmax FX - transpirabilidade e antibactericida
• Exterior em poliamida - resistência
• A Lycra adcional ajuda a manter a meia na posição correta.
• Dupla camada de Poliamida nas áreas de fricção.
• Áreas da malha rebaixadas evitando rugas e melhorando a transpiração.

LINER CIT – Composição:

75% Thermolite
15% Poliamida
10% Lycra

• Interior de Thermolite - mantém o pé seco e quente na temperatura corporal
• Exterior em poliamida - resistência
• A Lycra adcional ajuda a manter a meia na posição correta.
• Dupla camada de Poliamida nas áreas de fricção.
• Áreas da malha rebaixadas evitando rugas e melhorando a transpiração.

2 comentários:

Fabio Fliess disse...

Fala Rafa.
Ficou muito bom o post!
Quero deixar meu testemunho a respeito do material. Eu faço uso das meias da Lorpen há mais de 10 anos.
Os meus liners já foram usados no Kilimanjaro, no Atacama, em Huayhuash e estão inteiros.
São meias duráveis e muito confortáveis!
Sem dúvida alguma, vale à pena!
Abraços.

Fábio Fliess
@ffliess

Carol Emboava disse...

Eu quero um par de meias Lorpen tambéeeeeem! :D